terça-feira, 7 de julho de 2009

Rosie

Enquanto soletras palavras e sorrisos, dou por mim a apreciar a textura dos teus lábios. Macios, delicados, como que a chamarem por mim. São vários os segundos que perco nesta observação infinita, perdendo-me numa ansiosa espera de, finalmente, lhes poder tocar. Sentido-os contra os meus, provando o seu sabor.

Como se tivesses ouvido os meus pensamentos, o momento perfeito para a nossa primeira união aparece. Não pretendo perdê-lo por nada e sigo as regras à risca. Obedeço a tudo o que o Livro diz. Um primeiro contacto entre os nossos lábios, o conhecimento posterior e o à vontade para que eles se tornem um só. A tua língua percorre o caminho mais seguro, tocando primeiro nos meus lábios antes de entrar em erupção com a minha.

A tua timidez excita-me.

As minhas mãos resistem à vontade incessante de te agarrar, de te virar de costas, encostar-me a ti, proporcionar-te um orgasmo mental. À medida que te soltas, vou descobrindo o teu lado mais obscuro. Um lado pelo qual podes ser julgada, brutalizada.
Os teus movimentos tornam-se fluídos e as tuas mãos descontrolam-se. Passas-me as mãos nas costas e, com força, puxas-me contra ti.

Aproveito-me da tua vontade e liberto a minha.

A minha mão entra pela tua camisola, sobe até ao peito e agarra as tuas mamas. Oiço a tua respiração de prazer, e começo a descer, devagar. A tua ansiedade traduz-se em sons que não consigo esquecer. Provoco-te, demoro a chegar onde já tu estás.
Desço até sentir o inicio da tua tanga. Percorro a cintura, agarro-te o rabo. Cravas as unhas nas minhas costas, como que um aviso para a paciência que deixas de ter.

O que realmente queres... Ambos sabemos.

E, assim, finalmente, a minha mão passa por baixo da tanga. A minha mão na tua cona, passando os dedos pelo teu clitóris. Sinto-te molhada, sinto-te excitada. Desaperto-te os botões das calças e tiro-tas sem demora. Antes de voltar a pôr a minha mão lá dentro, pego na tua e proponho-te que o façamos juntos. Quero ver-te como se te estivesses a masturbar sozinha. A minha mão apenas serve para sentires que há uma realidade sobreposta à fantasia que estás a criar.

Limito-me a olhar para esta cena surreal.

A minha vontade de te foder transcende-me.



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